Indústria de higiene se volta para público infantil
"Síndrome do filho-rei". Assim é conhecido o maior
fenômeno de crescimento dentro do mercado brasileiro de higiene e beleza. O
segmento de produtos infantis nos últimos cinco anos praticamente dobrou seu
faturamento e já movimenta R$ 1,11 bilhão por ano, ante os R$ 582 milhões
obtidos em 2007. A média anual de expansão é de quase 15%, segundo dados da
Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
(Abihpec). Em volume, o crescimento chega a 43%, passando de 32,8 milhões de toneladas
para 47 milhões. Não é à toa que o Brasil - que já se tornou o terceiro maior
mercado consumidor global de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos - figura
em segundo lugar no ranking do segmento de produtos infantis em todo o mundo.
"Esse mercado cresce acima do normal há anos, porque os casais hoje têm menos filhos e o poder de compra das famílias está maior. Dessa forma, todos os esforços vão para os cuidados com as crianças", explica o diretor da unidade de negócios de nichos da Natura, Luiz Bueno.
Uma das pioneiras em explorar o segmento no País, com os produtos mamãe-bebê nos anos 90, a empresa detectou também diferenças de comportamento de acordo com a idade das crianças, por isso criou a linha Natura Naturé. "Há diferenças nos produtos dependendo da fase da criança", explica Bueno.
De acordo com ele, os produtos usados em crianças de zero a dois anos tem na mãe a decisão de compra. Já de 3 a 6 anos começa uma mudança porque a criança já começa a opinar, uma vez que o banho passa a ser um momento de brincadeira e diversão. Dos 6 anos em diante, quem decide, na maioria das vezes, é a criança.
Atenta à evolução deste mercado, a gaúcha Memphis também decidiu investir e estreou no mercado com a linha dos Flintstones. Depois de dois anos de desenvolvimento dos produtos, a empresa licenciou com a Warner os personagens, que remetem à diversão, e principalmente porque os personagens, tanto os masculinos quanto os femininos, também estão na cabeça dos pais. O investimento chegou a R$ 2 milhões, incluindo testes dermatológicos e licenciamento de produtos. Os itens serão produzidos nas duas plantas da empresa (Porto Alegre, destinada a produtos em barra e Portão, que fabrica produtos líquidos - ambas no RS), podendo chegar até 15 mil toneladas de produtos ao ano. A empresa, quinta maior fabricante de sabonetes do mercado brasileiro, espera elevar seu market share no segmento.
Com um faturamento anual de R$ 100 milhões, a Memphis pretende agregar mais valor aos produtos e atuar mais fortemente também nos mercados das Regiões Sudeste e Nordeste.
Pioneira no mercado mundial, com o xampu para bebê, a Johnson & Johnson
(J&J) não teme a concorrência e acredita que a chegada de novos players a este mercado ajudará a expandir ainda mais os negócios no País. Segundo a gerente de marketing de Johnson's Baby, Cristina Fonseca, hoje a linha infantil da empresa tem cerca de 100 produtos.
"Esse mercado cresce acima do normal há anos, porque os casais hoje têm menos filhos e o poder de compra das famílias está maior. Dessa forma, todos os esforços vão para os cuidados com as crianças", explica o diretor da unidade de negócios de nichos da Natura, Luiz Bueno.
Uma das pioneiras em explorar o segmento no País, com os produtos mamãe-bebê nos anos 90, a empresa detectou também diferenças de comportamento de acordo com a idade das crianças, por isso criou a linha Natura Naturé. "Há diferenças nos produtos dependendo da fase da criança", explica Bueno.
De acordo com ele, os produtos usados em crianças de zero a dois anos tem na mãe a decisão de compra. Já de 3 a 6 anos começa uma mudança porque a criança já começa a opinar, uma vez que o banho passa a ser um momento de brincadeira e diversão. Dos 6 anos em diante, quem decide, na maioria das vezes, é a criança.
Atenta à evolução deste mercado, a gaúcha Memphis também decidiu investir e estreou no mercado com a linha dos Flintstones. Depois de dois anos de desenvolvimento dos produtos, a empresa licenciou com a Warner os personagens, que remetem à diversão, e principalmente porque os personagens, tanto os masculinos quanto os femininos, também estão na cabeça dos pais. O investimento chegou a R$ 2 milhões, incluindo testes dermatológicos e licenciamento de produtos. Os itens serão produzidos nas duas plantas da empresa (Porto Alegre, destinada a produtos em barra e Portão, que fabrica produtos líquidos - ambas no RS), podendo chegar até 15 mil toneladas de produtos ao ano. A empresa, quinta maior fabricante de sabonetes do mercado brasileiro, espera elevar seu market share no segmento.
Com um faturamento anual de R$ 100 milhões, a Memphis pretende agregar mais valor aos produtos e atuar mais fortemente também nos mercados das Regiões Sudeste e Nordeste.
Pioneira no mercado mundial, com o xampu para bebê, a Johnson & Johnson
(J&J) não teme a concorrência e acredita que a chegada de novos players a este mercado ajudará a expandir ainda mais os negócios no País. Segundo a gerente de marketing de Johnson's Baby, Cristina Fonseca, hoje a linha infantil da empresa tem cerca de 100 produtos.
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