quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Quem é o responsável por esta decisão?

            Quem é o responsável por esta decisão?


Brinquedos experimentais permitem que bebês compartilhem ‘selfies‘ nas redes

Fenômeno entre usuários de redes sociais, as “selfies” podem se tornar em um futuro próximo parte da rotina dos seres humanos desde o berço — por iniciativa da próprias crianças, e não de seus pais. É o que mostra uma série de brinquedos experimentais desenvolvidos pela New Born Fame, como foi batizado o projeto de graduação da designer Laura Cornet na Design Academy Eindhoven, na Holanda.

Coloridos, macios e disponíveis em formatos que remetem a redes sociais — um passarinho (Twitter), uma câmera fotográfica (Instagram), um logo do Facebook —, os brinquedos fazem parte de um móbile que pode ser pendurado no berço do bebê. Conectados à internet e possuidores de câmeras embutidas, os brinquedos filmam e fotografam os bebês ao serem puxados por eles — as imagens são automaticamente publicadas nas redes sociais.

Também fazem parte do projeto um par de sapatinhos com pedômetro embutido capaz de registrar a movimentação de bebês, e uma bola que realiza fotografias quando é girada.

De acordo com Laura Cornet, sua intenção com o projeto é mais profunda do que aparenta: provocar uma reflexão em pais que costumam publicar imagens de seus filhos ainda pequenos nas redes sociais.

“Essa geração de recém-nascidos é a primeira trazida ao mundo por pais que cresceram com o Facebook. Isso resulta no fato de que quase metade dos bebês já está visível on-line um dia após nascer. Eu não faria isso, mas a
Bebê fazendo selfie
minha pesquisa mostra algo diferente. Muitas pessoas não acham que isso é um problema, já que as crianças são parte da sua vida. A única coisa negativa mencionada foi o fato de que os bebês não podem ter voz nesse processo”, escreveu Cornet na página sobre o projeto.

“Isso resultou na criação de quatro brinquedos de bebê que permitem as crianças se colocarem on-line por conta própria. Para fazer com que as pessoas pensem sobre o uso das redes sociais, e como isso influencia a vida de toda uma nova geração. O que é considerado ok, e quando isso vai longe demais? E, mais importante: quem é responsável por essa decisão?”, questiona Cornet.

Em entrevista ao site Fast Company, no entanto, a designer disse não descartar a transformação do seu projeto em uma solução comercial.

— Por exemplo, se a criança está com a sua babá, a bola com câmera pode enviar fotos para o smartphone dos pais. Pode ser uma alternativa à babá eletrônica, ou ainda como instrumento para observar o desenvolvimento do bebê — afirma ela. — Eu não sou contra o uso desse tipo de tecnologia. Gosto das suas muitas possibilidades. Só acredito que algumas facetas do uso das novas tecnologias não são exploradas o suficiente do ponto de vista social ou ético.

Fonte:
O Globo

P.s: Já existe alguns aplicativos disponíveis para baixar  no celular , para que os bebês possam retirar sua própria selfie.
Chama-se:  Baby Selfie, este, produz a imagem do bebê atraindo sua atenção com barulhos e bichinhos coloridos ao serem ativados em câmeras de celulares. 


Por: Hosana Leonor





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