quarta-feira, 23 de março de 2016

Marcas brasileiras lucram com licenciamento Cerca de 70% dos produtos são para crianças e novelas para elas estão em alta

Marcas brasileiras lucram com licenciamento
Cerca de 70% dos produtos são para crianças e novelas para elas estão em alta

por Mariana Zirondi          publicado em 07 de agosto, 2015 - 23:43 
( Matéria do site: Propamark)

Comprar um produto por nele estar estampado um personagem famoso ou uma marca desejada tem ficado cada vez mais popular no Brasil. As crianças, segundo informa a Abral (Associação Brasileira de Licenciamento), são as maiores consumidoras, representando 70% do mercado de produtos licenciados. Já os adultos, ficam com 30%, mas a expectativa é que o share se iguale ao dos Estados Unidos, onde a porcentagem é de 50% para cada.
Mas afinal, o que é o licenciamento de produtos? É o direito contratual de utilização de determinada marca, imagem ou propriedade intelectual e artística registrada, de acordo com o site da Abral. Esses itens devem pertencer ou serem controlados por terceiros, em um produto, um serviço ou uma peça de comunicação promocional ou publicitária. O direito de uso é concedido em troca de um percentual aplicado sobre o valor gerado com as vendas ou a prestação de serviços que utilizam esse licenciamento.
No Brasil, para personagens, celebridades e obras artísticas, o termo utilizado para referir-se a essa remuneração é o copyright. Já os direitos de propriedades industriais e marcas é royalty. Marici Ferreira, presidente da Abral, alguns dos principais objetivos do licenciamento é agregar valor aos produtos, diferenciação em relação aos concorrentes, oportunidade de se associar rapidamente o produto a um ‘modismo’, além de se adequar a determinados segmentos de público.
A pirataria, segundo Marici, é um problema cultural do mercado no país e acontece em diversos segmentos. A Abral realiza um trabalho nos portos brasileiros com a distribuição de uma cartilha que ajuda a diferenciar os produtos piratas dos produtos originais. “Os donos das marcas têm o poder de lutar contra a pirataria, e nós os ajudamos com as denúncias. A pirataria é uma luta nossa”.
O licenciamento é um diferencial e é, ainda, pouco difundido no Brasil, já que 70% das marcas utilizadas são internacionais e apenas 30% nacionais. De acordo com Marici, é mais barato, fácil e acessível do que muitos fabricantes pensam. Os royalts variam de 6% a 8% e o mais importante é fazer uma escolha adequada de personagem e marca.
A Galinha Pintadinha é apontada pela Abral como um grande destaque nacional, que transpôs as barreiras do país e possui cerca de 40 empresas que compram sua marca. “Exportar uma marca é mais fácil que exportar um produto. Estamos focados, agora, em buscar estilistas e mostrar como as marcas podem ter força fora daqui”. 

As crianças são o foco

Dedicado exclusivamente à programação infantil, o canal fechado Gloob logo percebeu o interesse da audiência em possuir produtos com seus personagens e atrações. Fazer com que a criança se relacione com seus ídolos, experimentando e criando suas próprias histórias, é uma boa estratégia para construir intimidade do público com as marcas. Três anos depois de sua estreia, o Gloob já confirma a presença positiva nos ambientes digitais e julga ser um bom momento para entrar no mercado de licenciamento.
Sabrina Freitas, gerente de planejamento e novos negócios do Gloob, afirma que a história no licenciamento começou em 2014 e o canal está construindo o projeto em parceria com a agência Kasmanas e investimentos em divulgação dos conteúdos e presença em várias plataformas. “Mesmo com pouco tempo de mercado, já temos parceiros relevantes no mercado nacional. Estamos presentes nos segmentos de volta às aulas, brinquedos, festas infantis, editorial com álbuns de figurinhas e livros, além de utensílios plásticos, CDs de trilhas sonoras e DVDs”, destaca a gerente.
Gaby Estrella, Detetives do Prédio Azul, Tem criança na Cozinha e Osmar são algumas das marcas nacionais licenciadas pelo canal. Neste caso, quem é responsável pela venda e distribuição é o fabricante através de seus canais de vendas específicos. “Escolhemos parceiros que pensem e atuem como nós. Temos uma série de parceiros entrando no projeto, mas alguns já estão em fase de desenvolvimento e comercialização de produtos, como Tilibra, Jandaia, Pacific, Panini, Ciranda Cultural e Som Livre”, afirma Sabrina.
Algumas novidades, inclusive, estão vindo por aí: o Gloob lança, em outubro, produtos de festa com as marcas. Detetives do Prédio Azul tem se destacado na TV paga e, em 2015, já acumula mais de 5 milhões de visualizações, por isso tem potencial para ser o carro chefe no Gloob no licenciamento. Para 2016, animações chegarão à programação e podem ser novas marcas fortes no mercado.
Na TV aberta, quem concentra maior volume de programação infantil é o SBT. As novelas infantojuvenis são o carro-chefe emissora, que dedica grande tempo de sua grade com produções e animações para esse target. A partir do conteúdo dessas atrações, é criado um guia de estilo de produtos, explica Fernanda Brozinga, executiva de licenciamento do SBT.  “Nesse modelo criamos uma identidade visual que gere identificação do público. Hoje, nossas marcas estão presentes em parcerias com cosméticos, confecção, material escolar e alimentação. Carrossel e Chiquititas têm, juntas, mais de 500 produtos”.
Durante a sua exibição, a novela Chiquititas gerou mais R$ 95 milhões no varejo, mas é a novela Carrossel que tem gerado maior lucratividade para o SBT ao longo dos anos, com movimento de R$ 120 milhões também no varejo. No ar pela primeira vez de 2012 a 2013, a novela está sendo reprisada e sua exibição vai até março de 2016.
De olho nesse público fiel ao folhetim, o SBT lançou "Carrossel O Filme" com os mesmos personagens. Quando a reprise da novela acabar, entra no ar a versão em desenho animado da trama. De olho na película, Habbi’s e Ragazzo lançaram um kit infantil com mochila, cantil e almofada. Os brindes estarão disponíveis em todas as lojas do país, com ações especial em PDV e sites.
De acordo com Fernanda, para que uma atração televisiva seja licenciada é necessário que tenha longa duração e tempo de exibição. Assim, há tempo para que haja engajamento e identificação do público com a novela e produção dos artigos licenciados. "Somos reconhecidos como um importante player para Tilibra, Panini, Grendene, por nosso alto faturamento. Por isso, quando temos uma marca forte, como é o caso de Carrossel, temos que renovar essas histórias e personagens, por isso lançamento o filme e o desenho animado.
Além do público infanto juvenil, os adultos também estão na mira da emissora, que possui os direitos das imagens do seriado Chaves, produzido pela Televisa, no México, e que está licenciando a marca não só da série na TV, como dos desenhos animados. "Os pais passam essa conexão para os filhos e juntos consomem as histórias e o conteúdo dos personagens", disse Fernanda. Cozinha Sob Pressão, reality show culinário, também foi licenciado para a Ceara, que utiliza o logo do programa em ações da marca.

A força dos personagens

O “universo” Turma da Mônica, criado por Maurício de Sousa por meio de suas histórias e mais de 300 personagens, acompanha gerações há décadas. Antes de se serem licenciadores de produtos, a marca se posiciona um dos principais provedores de conteúdo infantojuvenil do Brasil. Além de estarem presentes em diversas plataformas, como cinema, TV, internet, aplicativos, games, livros, revistas, etc, a demanda por produtos com os personagens é mais uma plataforma a ser explorada, explica Rodrigo Paiva, diretor de licenciamento da Maurício de Sousa Produções. Ao todo, são 150 empresas de 14 setores diferentes que licenciam mais de 3.000 itens de produtos. Os mais vendidos são das categorias higiene, seguidos por editorial e alimentícios.
Escolher parceiros para associar as marca podem ser um desafio. Paiva afirma que o grupo é criterioso nessa escolha e que procuram aqueles que tenham sinergia com os personagens e tragam a diversão em seu DNA. A atenção especial fica para os produtos de utilização didática ou paradidática. E se engana quem pensa que as crianças são os consumidores da marca. “Conquistamos gerações de 0 a 100 anos. Uma prova disso é o recente sucesso com a linha de decoração da Tok & Stock e as Graphic Novels para adultos.
Para Paiva, o mercado de licenciamento brasileiro precisa acreditar mais em si. “Temos um grande mercado disperso pelo país. Os desafios são fazer com que os custos de distribuição não impactem no custo dos produtos. Temos mais de 200 milhões de habitantes com fortes hábitos de consumo e, sinal disso, é o esforço constante de empresas estrangeiras de se inserirem no mercado brasileiro”.

Publicidade Infantil

No início de 2014, o Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) emitiu a resolução 163, que proíbe qualquer publicidade considerada abusiva. As embalagens dos produtos, por exemplo, perderiam seus personagens e não estariam mais associados a marcas do segmento. As discussões se dividem entre aqueles que são a favor, afirmando que os anúncios incentivam as crianças ao consumismo.
A Turma da Mônica Produções defende que haja um amplo debate sobre o tema, no entanto, acredita que o Conanda não tenha alcance de proibir a publicidade de produtos destinados ao público infantil. “Da forma como estão, praticamente impedem qualquer atividade de produção cultural para o público infantil no Brasil, com reflexos negativos em várias setores da sociedade. Sem a publicidade, as crianças estarão condenadas a consumir apenas conteúdo dedicado ao adulto, que certamente é muito mais prejudicial ao desenvolvimento”, expõe Rodrigo Paiva. 

Fonte: http://propmark.com.br/anunciantes/marcas-brasileiras-lucram-com-licenciamento


quarta-feira, 16 de março de 2016

Quais são os objetivos do licenciamento em um produto no varejo?


Quais são os objetivos do licenciamento em um produto no varejo?

Trabalhar com licenciamento no Brasil, não é uma tarefa fácil para o varejo, vários setores são influenciados por marcas e personagens, muitas delas com um valor bem alto para aquisição.
No segmento infantil, não é muito diferente. Um personagem só vai ilustrar um determinado produto após o lançamento de um filme, novela ou música, primeiro encanta, conquista fãs, para depois seu público–alvo ter o desejo de adquirir aquele produto licenciado. 


Quais são os objetivos de um licenciamento?


Agregar valor aos produtos, é um dos objetivos do licenciamento. Se um produto constar um personagem que está fazendo sucesso em um
determinado momento, este será disputado com um valor bem diferenciado dos demais, além da sua qualidade que está garantida ali. O cliente  entende que os personagens agregam valor e por isso, estão dispostos a pagar um pouco mais caro por ele.  


 Oportunidade de criar modismo, é outro objetivo do licenciamento, para não ficar diferente de um grupo o indivíduo usufrui dessa marca, que acaba se tornando forte em rodinhas de amigos. É fácil identificar um grupo quando se usa uma determinada marca ou um grupo de crianças que gostam de um mesmo personagem.


Aumentar a diferenciação em relação aos concorrentes, varejo que não tem algo novo, atraente e que chama atenção para seu estabelecimento é um varejo que precisa passar por modificações. Observar, estar atento ao que está acontecendo no mercado, no seu país, a sua volta, saber ao menos o último desenho que acabou de sair , o que as crianças estão curtindo , é uma forma de atrair público para sua loja.  Levar alguém fantasiado com tal personagem para o estabelecimento chama atenção, trabalhar com as cores deste no ambiente, colocar um filme, ou músicas  que lembre este  personagem no seu espaço, atrairá o cliente. 


 E por fim, atender de forma mais adequada a determinados segmentos de público, nem todas as marcas atendem o seu público da forma que ele merece, visto isso, deixam uma lacuna a desejar, ocasionando outras possibilidades de adesão a marca.

Não podemos esquecer o fato das falsificações que por diversas vezes nos deparamos com ela por aí no mercado informal, onde a qualidade deste produto é baixa causando muitas vezes insatisfação em seus consumidores.  



Por: Hosana Leonor




quarta-feira, 9 de março de 2016

Mattel anuncia impressora 3D para fabricação de brinquedos




A Mattel, Inc. anunciou um ecossistema de impressão 3D para as famílias – o aplicativo ThingMaker Design e a impressora ThingMaker 3D. Por meio de uma colaboração previamente anunciada com a Autodesk, Inc., o ThingMaker é projetado para proporcionar a fabricação virtual de brinquedos em casa.
A primeira vez que o icônico ThingMaker da Mattel estreou como um dispositivo doméstico original de produção de brinquedos foi na década de 1960. Agora, ele foi completamente reinventado para o século 21. O ecossistema de impressão 3D ThingMaker, combinado com um pouco de imaginação, é tudo o que as famílias precisam para projetar, criar e imprimir seus próprios brinquedos do início ao fim.


No caso da criação de brinquedos como bonecas, robôs e dinossauros, ou acessórios portáteis, como pulseiras e colares, o novo ecossistema ThingMaker da Mattel é a resposta para uma brincadeira criativa em casa. Ao baixar o ThingMaker Projeto App, as famílias podem navegar por meio de modelos fáceis de seguir ou usar a imaginação para construir suas próprias criações com centenas de peças. Quando a obra estiver pronta para a criação, os projetos são enviados diretamente para a impressora ThingMaker 3D, que imprime peças em lotes para facilitar a montagem por encaixes.
“Na era digital que vivemos, é muito importante para as famílias transcender o mundo digital e transformar as suas ideias em realidade”, afirma Aslan Appleman, diretor sênior da Mattel. “O ThingMaker ultrapassa os limites dos  jogos de imaginação, dando às famílias inúmeras maneiras de personalizar seus brinquedos e deixar sua criatividade correr solta. Estamos entusiasmados para trabalhar com os especialistas em design 3D da Autodesk para tornar real essa experiência única”.
“Estamos animados em trabalhar com uma empresa como a Mattel para desenvolver um aplicativo que une os mundos digital e físico e traz novas formas de produzir para a próxima geração de designers e engenheiros”, afirma Samir Hanna, vice-presidente e gerente geral, do Grupo de Manufatura Digital da Autodesk. “A criatividade começa ao inspirar pessoas. O ecossistema ThingMaker torna a construção de suas próprias criações não só possível, mas mais intuitiva para os jovens ‘makers’”.
 Disponível a partir do segundo semestre de 2016 nos Estados Unidos, a Mattel planeja disponibilizar no varejo a impressora ThingMaker 3D pelo preço sugerido de US$ 299,99. A Mattel oferecerá uma ampla variedade de cores de filamentos para a impressora ThingMaker 3D com conteúdo de design adicionais, incluindo opções a serem lançadas em uma data posterior. O ThingMaker Projeto App é compatível com outras impressoras. O aplicativo já está disponível e é gratuito para download para dispositivos com sistemas operacionais iOS e Android.


 Fonte: http://boletimindustrial.com.br/mattel-anuncia-impressora-3d-para-fabricacao-de-brinquedos/

quarta-feira, 2 de março de 2016

Vamos falar de licenciamento ?

Vamos falar de licenciamento ?



Este mês vem recheado de marcas, personagens e tudo o que diz respeito ao licenciamento. Será que podemos utilizar um personagem sem pedir autorização aos seus “donos”? O que fazer pra conseguir uma licença pra estampar um produto? Quanto custa? É necessário? E se usar sem pedir permissão?
Questões essas que serão avaliadas aqui no blog.
Falar de licenciamento não é muito fácil, já que engloba muitas decisões, sua aprovação marcará o sucesso de um produto se caso esta marca ou personagem for bem cobiçado no momento.

Mas o que é licenciamento?

O licenciamento é um contrato por meio do qual um licenciado arrenda os direitos de parte de uma propriedade intelectual protegida (nome, imagem, logotipo, personagem, ou composição de mais de um destes elementos) de um licenciador, que é o dono ou detentor da propriedade, para usarem em um produto ou serviço.
Os tipos de propriedades licenciados mais comuns são: arte, personagens (cinema, TV, videogame, desenhos animados), colegial, moda, música, esportes (times, atletas) e sem fins lucrativos (museus, universidades, dentre outros). Segundo a Associação Brasileira de Licenciamento – ABRAL, os segmentos que mais utilizam o licenciamento no Brasil são confecção, papelaria e brinquedos, seguidos por calçados, higiene e beleza e alimentação.
As propriedades mais exploradas no mercado brasileiro são as relacionadas a entretenimento, como filmes, desenhos animados e HQs, destinado primordialmente ao público infantil.  Segundo a Licensing Brasil Meeting, estas opções respondem por cerca de 70% do mercado de licenciamento. Para ilustrar a dimensão deste mercado, pode-se citar o caso da Disney, que é um dos maiores licenciadores de personagens do mundo e, hoje, fatura mais com o licenciamento de produtos estampados com suas marcas e personagens, do que com a bilheteria de suas animações.
Um vídeo explicativo, ilustra bem esse assunto: 


Fonte: http://www.sebraemercados.com.br/oportunidades-no-licenciamento-de-marcas-e-produtos/


LEGO lança pantufa para proteger os pés das pecinhas

LEGO lança pantufa para proteger os pés das pecinhas



São Paulo - Você já deve ter passado pela terrível experiência na infância: descalço, joga todas as peças do seu Lego no chão do quarto e começa a se divertir.
De repente, você pisa em uma das pecinhas. Corta para a UTI...
Pois bem: essa temida dor está com seus dias contados.
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A marca Lego acaba de criar suas próprias pantufas.
Muito acolchoadas, elas protegem os pés do perigo e ainda garantem um visual fashion - com o logo Lego, claro.
A marca criou o produto em parceria com a agência de marketing francesa Brand Station.
Ainda não se sabe se o produto irá ser vendido em outros países.
Mas, no site francês da Lego, há um concurso onde a marca vai distribuir 1500 pares.
Confira um vídeo mostrando a fabricação da pantufa:



Fonte: http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/lego-cria-pantufa-para-proteger-seus-pes-das-pecas-no-chao